DESCRIÇÃO:
O desenvolvimento, especialmente para a América Latina, trouxe uma mescla de grandes realizações e profundos desapontamentos. Com ele, vieram os avanços tecnológicos e a pujança econômica, porém, ao contrário do esperado, prosseguiram e se aprofundaram as disparidades, manifestando-se, no continente mais desigual do mundo, com crescente violência, inclusive com a expansão do crime organizado. Consequências como estas contribuíram para que as Nações Unidas formulassem o conceito de desenvolvimento humano, levando-nos a pensar nos rumos, a curto e longo prazo, da nossa vida social. À primeira vista, esta reflexão pode parecer uma tarefa de filantropos e pessoas menos comprometidas com a ação, quando, na verdade, compete a todos, em especial àqueles que podem influenciar mais significativamente os destinos da comunidade e da sociedade. As dificuldades que vivemos concernem a todos e têm ligações profundas com o desempenho econômico, valor tão prezado pelo mundo em que vivemos. Se a economia pode ser comparada a uma bicicleta em movimento, o seu equilíbrio precário pode estar sendo crescentemente ameaçado por problemas que costumamos varrer para debaixo do tapete.
Nesta reflexão, algumas perguntas se mostram relevantes: aonde está nos levando o desenvolvimento cujos caminhos trilhamos? Em que medida o prosseguimento nos rumos presentes conduzirá à solução dos problemas? Se isso não acontece, que alterações de rota precisam ser realizadas? Teria a educação relações com esses processos? Quando tratamos de aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser os quatro pilares da educação para o presente século (Delors, 1996), há alguma relação com as formas pelas quais a sociedade produz e distribui riquezas? Afinal, os valores sociais, a que a educação está intimamente ligada, têm alguma relação com o desenvolvimento e com o bem-estar do homem?
ANO:
2003
FORMATO:
AUTORES:
INSTITUTO PARADIGMA.
FONTE:
ACERVO INSTITUTO PARADIGMA.