Foto: Pexels. Créditos: Kaboompics
Por Elsa Villon
O Dia Internacional da Música é comemorado em 1º de outubro desde 1975, por instituição do Conselho Internacional de Música (International Music Council). A organização não governamental foi criada com apoio da UNESCO em 1948, e seu intuito é promover valores de paz e amizade a todos os setores da sociedade por meio da música.
Com objetivo de celebrar a diversidade de musicistas e músicos, fizemos uma seleção de artistas com deficiência para inspirar a playlist de diferentes gêneros nesta data. Confira a relação abaixo:
Há mais de duas décadas na música, o rapper utiliza sua arte para falar sobre a causa da inclusão. Fã do estilo musical desde a adolescência, Billy abraçou o movimento ao se tornar cadeirante, depois de sofrer um acidente de trânsito em 1998.
Militante pela causa, é presidente da ONG Movimento SuperAção e já organizou cerca de 30 eventos socioculturais pelos direitos das pessoas com deficiência em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, além de Santa Fé e San Justo, na Argentina.
Billy atualmente trabalha em seu terceiro álbum. Em 2016, viajou em sua primeira turnê internacional pelas cidades de Londres, Bristol e Newcastle, no Reino Unido, para o lançamento de seu segundo trabalho solo, “As Ruas Estão Olhando”, que contou com parcerias nacionais e internacionais. O primeiro disco, “Me jogue aos lobos e eu volto comandando a matilha”, foi lançado em 2012.
Douglas Jericó, o Dôdi, ganhou os palcos entre 1997 e 2005, com músicas e vídeos autorais na internet. Com estilo que mescla MPB, pop e reggae, em 2003, ele foi um dos finalistas do programa de TV Popstar. Dez anos depois, gravou seu primeiro álbum, “… e adeus Carina”, referência ao aparelho que o auxiliava a respirar após acidente que o deixou tetraplégico, em 2009.
Dôdi é bacharel em Sistemas de Informações e Técnico em Análise e Desenvolvimento de Softwares, além de palestrante. Recentemente, lançou dois EPs com três músicas disponíveis no seu site. Foi o primeiro músico, compositor e cantor tetraplégico a lançar um álbum de músicas autorais no Brasil.
Dudé nasceu com má formação congênita e mudou-se de Valença, na Bahia, para São Paulo, capital, em 1976, para tratamento na AACD. É um vocalista com mais de vinte anos de carreira no cenário paulistano. Ligado ao rock clássico, blues e MPB, comanda as bandas Dudé Blues Band e Dudé e a Máfia.
Com aparições na mídia e atuou no teatro musical por quatro anos. O artista trabalha como produtor e professor de canto popular em seu próprio estúdio. Além disso, criou o canal no YouTube Inclusão na Lata, para promover debates sobre inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência.
Em 2013, começou sua carreira solo com releituras de grandes clássicos do blues e do rock clássico, além de composições autorais. Dudé e a Máfia foram a primeira banda a tocar dentro do Memorial da Inclusão, em julho de 2013. Em dezembro do mesmo ano, o grupo se apresentou na inauguração da Árvore de Natal da Sé pela Virada Inclusiva.
Giovanna é uma cantora, compositora, instrumentista e apresentadora de TV. Perdeu totalmente a visão com um ano de idade e, aos cinco, começou a estudar teclado. Aos 12, iniciou seus estudos no Conservatório Musical Villa-Lobos, onde se formou em canto popular.
A musicista também é formada em canto e arte lírica pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) e é atriz, tendo cursado a Oficina dos Menestréis de Deto Montenegro. Ela integra o elenco do Teatro Cego, produzido pela Caleidoscópio Comunicação e Cultura, em São Paulo, espetáculo em que o público assiste a peças totalmente no escuro.
Com três álbuns lançados, “Um outro olhar”, de 2008; “A Look Beyond”, de 2013; e “Hallelujah”, de 2016, também foi vencedora do concurso Rosemary Kennedy, em 2006, se apresentando pela primeira vez internacionalmente em Washigton, nos Estados Unidos, com uma plateia de diplomatas e membros de embaixadas.
Vinda de uma família ligada às artes, Sara desde cedo apresentou seu talento não apenas para o canto, mas também para o desenho, mesmo com baixa visão, até se tornar cega aos 27 anos, em decorrência de um glaucoma congênito.
Aos 13 anos, iniciou seus estudos de canto no coral do colégio Macedo Soares, onde aprendeu técnicas com a maestrina Regina de Sá. Fez parte de grandes corais em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e se apresentou cidades de Minas Gerais. Seu estilo vai do canto lírico à MPB, choro, samba, música infantil e música internacional.
Aos 19 anos, estudou três meses na Itália, cantando Vivaldi no coro do Festival de Música Antiga da cidade de Magnano. Em 2003, foi selecionada para representar o Brasil no concurso Rosemary Kennedy, em Washigton, nos EUA, onde foi aclamada como melhor cantora internacional para jovens solistas. Com a premiação, vieram novos convites para festivais internacionais: em Córdoba, na Argentina; Modena, na Itália; Washigton, nos EUA; e Chiang Mai, na Tailândia. A cantora também se apresentou em nove países da América do Sul pelo Projeto Percepções, exibido pelo programa Fantástico de 2005 a 2006.
Sara também participou do teatro e do circo, além de ter cinco livros publicados. Sua carreira musical conta com quatro discos lançados: “Faz sempre sol”, de 2012, com músicas infantis; “Em frente ao planeta”, de 2013; “Invisível”, de 2015; e “Tudo que me faz vibrar”, de 2018, além de um EP e três singles com diferentes parceiros em 2020.