Na condição histórica das pessoas com deficiência no Brasil, existe um ciclo ainda difícil de romper que é o da pobreza e exclusão social. Muitas medidas afirmativas por parte do governo promoveram mudanças nesta questão, mas em via de regra, ainda encontramos no senso comum da sociedade a visão da fragilidade, do desamparo e da incompetência como formas de se adjetivar e explicar as pessoas com deficiência. É natural que as famílias, por um mecanismo de proteção desse indivíduo, passem a isolá-lo, referendando sua dependência para interagir com o mundo. Com base nesse histórico e somado o ciclo de pobreza que, na maioria dos casos se repete, o Estado vem cuidando dessa população em risco social promovendo o benefício da aposentadoria por invalidez onde tal recurso passa a complementar a renda da família, representando uma ajuda significativa para essa família em face de sua atual condição. Assim, é compreensível muitas vezes a dúvida da pessoa com deficiência e de seus familiares de abrir mão deste beneficio, mesmo agora que já se conta com dispositivos legais que garantam que a pessoa com deficiência poderá abrir mão deste quando estiver empregado e resgatá-lo como um seguro desemprego. No entanto ainda há aqueles indivíduos que preferem concorrer ao mercado de trabalho e empregar-se. Mas, a relação de dependência com a família não se rompe por este motivo. De fato é necessário fortalecer a autoestima deste profissional com deficiência, principalmente expondo-o a experiências exitosas de trabalho, contando com o apoio do gestor e equipe. Trabalhar a ansiedade e a insegurança, do profissional em relação a viver situações novas, mostrando que a situação está planejada e ele poderá contar com seus parceiros de trabalho. Proporcionar aos familiares, nas ocasiões apropriadas, a oportunidade de conhecer o ambiente de trabalho de seus filhos e, se possível, contando com outras famílias de funcionários com deficiência para trocarem experiências e expectativas em relação à nova fase da vida de seus filhos.
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Como a empresa e seus respectivos gestores podem intermediar a transformação e desenvolvimento do profissional com deficiência, frente a uma possível realidade familiar assistencialistas/paternalista?
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