Pesquisa acerca do perfil dos municípios brasileiros realizada anualmente pelo IBGE mostrava que em 2009 apenas 490 cidades brasileiras possuíam conselhos dessa natureza. Isso representa menos de 9% dos municípios do país. O percentual mais elevado de presença desse tipo de organismo encontra-se nas cidades com mais de 500 mil habitantes, onde 72,5% delas possuem conselhos de direitos da pessoa com deficiência. Esse índice cai para menos de 2% nas cidades com até cinco mil habitantes, mostrando que a temática precisa se consolidar na cultura nacional e atingir todas as realidades. Em termos regionais, cerca de 5% das cidades do Norte e Nordeste possuem conselhos dessa natureza, enquanto no Sudeste esse percentual sobe para 14,5%. Estados como Acre, Roraima e Amapá não tinham sequer uma cidade com conselhos dessa natureza em 2009. Desses 490 conselhos, 463 são paritários, ou seja, formados por membros da sociedade civil e do governo local. Dentre eles: 354 são consultivos, 384 deliberativos, 204 normativos e 320 fiscalizadores, lembrando que um mesmo conselho pode assumir diferentes funções. Em termos administrativos, 81% desses 490 conselhos estão associados a órgãos gestores de assistência social, reforçando uma política, por vezes, associada ao caráter benevolente de políticas públicas. Por fim, segundo a pesquisa do IBGE, todos os 490 conselhos realizaram pelo menos uma reunião nos últimos doze meses.
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