As chances de medalhas paralímpicas por equipes 

Logotipo dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020. Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro. Créditos: Divulgação

Por Elsa Villon e Willian Truppel 

Os Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 já estão começando. As competições, que acontecem de 24 de agosto a 5 de setembro, são uma oportunidade do Brasil demonstrar o potencial dos seus atletas paralímpicos e lutar pela centésima medalha de ouro do país ao longo da história das edições. 

Depois de trazer a relação de atletas nas categorias individuais com chances de medalhas, chegou a vez das modalidades por equipes que são favoritas ao pódio. Nesses jogos, o país não disputa somente duas modalidades: basquete em cadeira de rodas e rúgbi em cadeira de rodas. Confira! 

Futebol de cinco  

Desde a estreia, em Atenas 2004, os brasileiros sempre venceram a competição e o favoritismo é grande. Praticado por atletas com deficiência visual, com exceção do goleiro, cada equipe conta com um guia, o chamador, que fica de fora do jogo, orientando os demais jogadores no posicionamento de para onde a bola – com guizo para que os jogadores a identifiquem – deve ser chutada. Por essa razão, a torcida só pode se manifestar no momento do gol. 

Dividido em dois tempos de 25 minutos cada, ganha quem fizer mais gols ao longo do período. As partidas são disputadas em quadra de futsal adaptada ou campos de grama sintética e as laterais da área do jogo têm proteções que impedem a saída da bola. Com exceção do goleiro, todos os jogadores usam vendas nos olhos para equiparar a disputa. 

Ricardinho e Jefinho são dois nomes de destaque na modalidade e podem ajudar o país na busca pelo pentacampeonato. Ao lado deles, estão Cássio Reis, Damião, Gledson Barros, Jardiel Vieira, Luan Lacerda, Matheus Bumussa, Nonato e Tiago Paraná. Não há uma equipe feminina disputando a modalidade. 

Golbol  

O golbol é a única modalidade paralímpica criada exclusivamente para pessoas com deficiência, não sendo adaptada. Foi criado em 1946, para reabilitação de veteranos de guerra que perderam a visão após os combates. No Brasil, chegou em 1985 e ganhou destaque nos Jogos de Atenas 2004, com a classificação inédita da seleção feminina para a edição. 

O jogo é realizado em dois tempos de 12 minutos cada, e vence a partida o time que fizer o maior número de gols ao longo dos dois períodos. Assim como no futebol de 5, a bola possui um guizo e todos os competidores jogam vendados. Duas balizas de nove metros de largura e um metro e trinta centímetros de altura ficam posicionadas em lados opostos da área de jogo, que tem as mesmas dimensões de uma quadra de vôlei. 

As equipes devem permanecer em lados diferentes da quadra durante toda a partida e não podem invadir o espaço do adversário. Todos os atletas podem atacar e defender e os arremates são feitos com as mãos, sempre de forma rasteira. Mulheres e homens competem separadamente.      

Nestas Paralimpíadas, o Brasil tem chance de medalha na modalidade, principalmente na equipe masculina. Os brasileiros são os atuais bicampeões mundiais, vencendo em 2014 e 2018, e contam com um dos principais jogadores do mundo na modalidade: Leomon Moreno. Nos jogos de Londres 2012, a equipe ficou com a prata e, na edição Rio 2016, ficou com o bronze. Além de Leomon, foram convocados Alex “Labrador”, Emerson da Silva, José Roberto Ferreira, Parazinho e Romário Marques. 

Já a equipe feminina de golbol busca sua primeira medalha em Paralimpíadas. No Rio, as mulheres também disputaram o bronze, mas terminaram a competição na quarta colocação. Terceiras no ranking mundial, Ana Carolina Duarte, Ana Gabrielly Brito, Jéssica Vitorino, Katia Ferreira, Moniza de Lima e Victória Amorim vão disputar pela seleção brasileira. 

Para mais informações sobre os Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, notícias, outras modalidades e a relação completa de atletas convocados, acesse o site do Comitê Paralímpico Brasileiro.