Foto: Pexels. Créditos: Jadson Thomas
Por Elsa Vilon
O dia 8 de maio é conhecido como o Dia Nacional do Artista Plástico. A data foi escolhida em referência ao nascimento de João Ferraz de Almeida Júnior, considerado um dos mais importantes artistas brasileiros do século XIX.
As obras de Almeida Júnior mudaram o estilo de arte brasileira de patamar, que, antes do seu traço, era mais remetido à monumentalidade. O artista trabalhava com a figura humana e regionalista. “Caipira Picando Fumo” é uma de suas obras mais conhecidas e, atualmente, exposta na Pinacoteca do estado de São Paulo.
Para celebrar a ocasião, selecionamos alguns artistas plásticos brasileiros com deficiência para você conhecer. Confira a seleção:
Daniel Ferreira
O artista utiliza a boca para produzir suas obras. Além de pintor, ele também é palestrante. Seu interesse pela pintura começou na infância, aos dez anos, quando pintou seu primeiro quadro. Morador da zona leste de São Paulo, faz parte da Associação dos Pintores com a Boca e os Pés desde os 17 anos.
Deuseni Felix
Natural de Itaberaí, em Goiás, a artista trabalha com a temática de povos indígenas há mais de uma década. Utiliza técnicas em aquarela, guache, acrílico, óleo sobre tela, entre outras.Suas obras retratam o cotidiano dos indígenas da região centro-oeste.
Ela também é integrante de uma organização não governamental que estimula ações para inclusão de pessoas com deficiência. É, atualmente, uma das artistas que mais produzem e expõem no Mato Grosso, onde vive há duas décadas. Já participou de mostras pelo Brasil, além da Bolívia, Estados Unidos, Portugal e França.
Gonçalo Borges
O paulista é artista plástico, professor e palestrante. Desde os oito anos de idade, pinta e desenha usando os pés e a boca. Quando ingressou na AACD, desenvolveu suas habilidades artísticas e chegou a participar de concursos de desenho em campanhas educativas e vencendo um prêmio do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF).
Aos 17 anos, ganhou uma bolsa de estudos para estudar na Associação dos Pintores com a Boca e os Pés. Também se formou em Comunicação Social e chegou a trabalhar como designer em agências de publicidade.
É membro da associação da qual foi aluno e mantém um site com suas obras, palestras e seu livro autobiográfico “Vencendo com Arte”.
João Carlos Pecci
Formado em ciências econômicas, Pecci desenvolveu o interesse pela pintura após sofrer um acidente, em 1968, e ficar paraplégico. O interesse pela pintura surgiu como terapia para recuperar o movimento das mãos após o acidente e se tornou sua profissão.
Ele também é escritor e já publicou sete livros, entre coletâneas de crônicas, poesias e romances.
Luciano Piantinho
Brasiliense, o jovem com síndrome de Down é filho e neto de artistas plásticos, e desde os primeiros anos já tinha contato com o mundo das artes plásticas.
Expositor desde os 13, o artista tem 12 anos de carreira e já teve seu trabalho apresentado na Itália.
Marcos dos Santos
Nascido em São José dos Campos, no interior de São Paulo, o artista tem mobilidade reduzida nos membros superiores e utiliza os pés para suas criações.
Seus primeiros rabiscos foram feitos aos oito anos e, aos 20, tornou-se artista plástico profissional. Suas obras trazem, principalmente, as emoções humanas.
Ronaldo Cupertino da Silva
Natural de Jaboticatubas, em Minas Gerais, a arte entrou na vida do pintor após um acidente que o deixou tetraplégico, em 1992. Nos anos seguintes, passou a pintar com a boca. Sua principal técnica é o óleo sobre tela.
Virgínia Vendramini
A artista plástica nasceu com menos de 10% da visão e ficou cega ainda na infância. Alfabetizada em braile, ela foi professora de língua portuguesa durante 27 anos e, paralelamente, começou com a tapeçaria, em 1974, e sua primeira exposição só aconteceu 20 anos depois. Além das tapeçarias, ela também é escultora, escritora e poetisa.