Laura Cotrim: Da Doce Começo aos Palcos da Vida

Crianças em aula de balé. Entre elas, Laura Cotrim, aos 6 anos, em cadeira de rodas.
Laura Cotrim, aos 6 anos, em aula de balé na Escola Doce Começo (2005). Fotografia de Arthur Calasans, premiada pela ONU na campanha "Humanizando o Desenvolvimento"

20 anos de uma imagem que inspira inclusão e transformação social

Em 2005, uma imagem capturou muito mais do que uma cena de sala de aula. Em um espaço pequeno e cheio de afeto, meninas vestidas de bailarina se alongavam ao som de orientações suaves. Entre elas, uma criança em cadeira de rodas participava com a mesma entrega e elegância. Aquela menina era Laura Cotrim, então com 6 anos, aluna da Escola Doce Começo.

 

Um instante que se tornou símbolo

A fotografia foi feita pelo jornalista e fotógrafo Arthur Calasans, que, sensibilizado pela cena, registrou com respeito e beleza o que ali acontecia: inclusão real, vivida no cotidiano.

 

A força da imagem ultrapassou as paredes da escola e chegou ao mundo. O clique foi reconhecido e premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) na campanha Humanizando o Desenvolvimento, que reuniu registros de diferentes países para mostrar, com rostos e gestos, os impactos positivos de políticas e práticas inclusivas.

 

20 anos depois: a bailarina virou atriz

Hoje, Laura Cotrim é atriz. Sua atuação não está apenas nos palcos e telas, mas também nas narrativas que escolhe construir: histórias que falam de afeto, resistência e possibilidades. Sua trajetória revela como o cuidado, o incentivo e o direito à participação plena desde a infância podem transformar destinos.

 

Aquela imagem permanece como símbolo de um tempo em que se plantaram sementes. E Laura, hoje adulta, é uma das flores desse campo fértil que é a inclusão feita com compromisso.

 

Laura Cotrim, atriz cadeirante, sorri intensamente durante apresentação, segurando as mãos de um homem com microfone.
Laura Cotrim, atriz. (Foto: Reprodução. Créditos: Acervo pessoal)

 

Duas décadas de Paradigma: inclusão como missão

Em 2025, também celebramos os 20 anos do Instituto Paradigma, organização que nasceu no mesmo período da foto e que compartilha dela o mesmo espírito: a crença de que equidade, diversidade e inclusão precisam ser realidade, e não apenas discurso.

 

Ao longo dessas duas décadas, o Instituto Paradigma tem atuado em parceria com empresas, escolas, instituições públicas e movimentos sociais para fortalecer uma cultura de direitos, especialmente no campo do trabalho, da educação e das políticas de cuidado.

 

Um legado que continua

A fotografia de Laura é mais do que uma lembrança bonita. Ela é um lembrete do que podemos construir quando olhamos para todas as infâncias com respeito e expectativa de futuro.

 

Que os próximos 20 anos sejam ainda mais férteis em histórias como essa — de meninas que dançam, crescem, atuam e transformam o mundo ao seu redor.

 

Créditos:

Foto: Arthur Calasans

Campanha: Humanizando o Desenvolvimento – ONU

Texto: Instituto Paradigma