Novo artigo traz aspectos de inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência 

Luiza Russo e Luiza Percevalllis Pereira abordam a diversidade humana para a participação social de pessoas com deficiência 

Foto: Pexels. Créditos: Cottonbro

Por Elsa Villon

 

A discussão sobre a inclusão de pessoas com deficiência tem ganhado cada vez mais espaço e garantir a participação social dessa população é um dever de todos. Para auxiliar neste processo, Luiza Russo e Luiza Percevallis Pereira escreveram o artigo “Alguns aspectos relevantes para se compreender o processo de inclusão social das pessoas com deficiência”, primeiro texto de uma série que traz pontos abordados no livro “Inclusão educacional, econômico e social de pessoas com deficiência: Contribuições do Instituto Paradigma”, lançado em novembro de 2021 pela editora Palavra Bordada. 

 

O texto aborda as diferenças entre inclusão, integração e reabilitação da população com deficiência e está disponível para consulta em nossa biblioteca virtual. Dentro de inclusão, é preciso considerar a diversidade humana, presente em todos os indivíduos, independentemente de ter ou não uma deficiência. 

 

Um dos pontos abordados ao longo do documento é a questão da convivência com pessoas com deficiência, muito restrita entre as décadas de 1960 a 1990 e, mesmo hoje, ainda marcada pela segregação dessa população.  

 

No trecho a seguir, as autoras destacam as barreiras atitudinais, que prejudicam o processo de participação social: “Precisamos compreender que se, por causa da deficiência, uma pessoa tiver dificuldade para realizar algumas atividades, não significa que não terá habilidade para fazer outras coisas, como é comum e natural em qualquer pessoa”. Isso significa eliminar conceitos pré-concebidos sobre as potencialidades humanas de um indivíduo com determinada deficiência. 

 

Outra questão trabalhada no artigo é o assistencialismo, em que a ajuda ao público com deficiência se torna uma necessidade pela falta de acessibilidade e de mudanças sociais que possibilitem a vida independente desses indivíduos. É neste ponto em que a integração é debatida, pois demanda ao sujeito com alguma deficiência adaptar-se a um espaço social já constituído que não leva em conta suas especificidades, concepção ultrapassada. 

 

A acessibilidade é para todos

 

Ao abordar a acessibilidade, as autoras vão além de suas definições básicas como premissas para a inclusão e trazem as definições de deficiência, incapacidade e desvantagem, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).  

 

Em um exemplo mencionado no texto: “uma criança surda é incapaz de ouvir. Ela pode estudar, trabalhar, se divertir, dançar e viver normalmente; ela apenas não ouve”. E a situação de desvantagem surge quando não há condições equitativas, como o acesso por degraus a uma pessoa que usa cadeira de rodas. 

 

Seguindo os modelos de design desenvolvidos em Washington, nos Estados Unidos, na década de 1960, o Desenho Livre de Barreiras é um dos fundamentos para garantir acessibilidade a todos, independentemente de ter deficiência ou mobilidade reduzida, temporária ou permanente, e acabou se tornando o Desenho Universal. 

 

O conceito de Desenho Universal é destinado a qualquer pessoa, com o objetivo de uso e acesso democrático e igualitário a todas as situações e objetos que ampliem a qualidade de vida de todas e todos. 

 

No nosso site, você encontra mais artigos, documentos e cartilhas sobre Acessibilidade e Participação Social, disponíveis na nossa Biblioteca Virtual.