DESCRIÇÃO:
A espera pela chegada de um bebê é um momento marcante na vida de todo ser humano. Durante a gravidez, a mãe desenvolve uma imagem ideal para seu futuro bebê (KLAUS; KENNEL, 1993), constrói sonhos e fantasias em torno desse filho, projetando um pouco de si e criando expectativas sobre o lugar que ele irá ocupar no seio dessa família (PANIAGUA, 2004).
No entanto, se esse bebê nasce com alguma doença congênita ou deficiência, a adaptação e a constituição do vínculo, por parte dos pais, tornam-se muito difícil. Esse filho é encarado, em muitos casos, como uma “deformação” da criança sonhada, fazendo-os questionar sobre sua competência para gerar um filho saudável. Esse acontecimento também poderá gerar um sentimento de culpa na família, pois alguns poderão senti-lo como um castigo (KLAUS; KENNEL, 1993 E PANIAGUA, 2004).
Os pais precisam elaborar a perda do filho ideal para estabelecerem o vínculo afetivo com o filho real. Diante desse bebê – que é um agente de frustração – o luto do filho idealizado é intenso e difícil e, algumas vezes, impossível de superar sem ajuda. Esse nascimento desencadeia uma crise familiar, sendo necessária uma adaptação a essa situação, que pode não ocorrer de maneira plena. A família é afetada de forma material, emocional e nas suas relações sociais (FAVARATO, 1990).
FORMATO:
AUTORES:
Denise Rocha Belfort Arantes e Danilo Namo – INSTITUTO PARADIGMA.
FONTE:
ACERVO INSTITUTO PARADIGMA.