DESCRIÇÃO:
O presente artigo trata de uma análise do filme “Temple Grandin”, o qual apresenta um panorama do autismo a partir da experiência singular de vida da protagonista. É apresentada uma breve sinopse do filme que descreve a trajetória de uma pessoa com autismo no enfrentamento de barreiras cotidianas em uma época em que esta condição ainda era muito pouco conhecida.
A análise retoma alguns recortes do filme e apoia-se em dados atuais da literatura para discutir pontos referentes ao autismo. Entre outras, discutem-se as especificidades e perspectivas futuras dos diagnósticos categóricos e dimensionais no autismo, bem como as persistentes confusões com nomenclaturas.
É revista a noção historicamente construída da pessoa com autismo como extremamente inteligente, propondo desconstruir este estereótipo a partir do entendimento destas habilidades sob o escopo de teorias cognitivas que as definem como partes de um estilo cognitivo diferente.
Também são abordadas brevemente as alterações sensoriais presentes no autismo, as quais impulsionam Temple a desenvolver a máquina do abraço para auxiliar pessoas como ela a lidar com dificuldades interpessoais, que muitas vezes são confundidas com inexpressão afetiva.
Por fim, são retomadas as correlações outrora sugeridas entre a qualidade da parentalidade e o autismo, conforme ilustrada no filme. Não se pretende aqui esgotar o assunto em uma análise extensa e profunda, mas oferecer uma compreensão teórica sobre a obra.
ANO:
2012
FORMATO:
AUTOR:
Carlo Schmidt